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Fagner vai dirigindo lentamente,
tentando ultrapassar os obstáculos da
estrada.
À medida que o carro entrava na floresta
o medo aumenta.
FAGNER:
- Ei, que horas são?
BELLO:
- 12:45 hrs. Está com fome?
FAGNER:
- Não é que está muito escuro aqui.
BELLO:
- Nossa! Aqui tem muita praga e o cheiro
é horrível.
FAGNER:
- Cheio de mosquitos.
BELLO:
- Ei, você está indo pra onde mesmo?
FAGNER:
- Estou apenas seguindo a estrada.
BELLO:
- Que ódio! Nós deviamos ter planejado.
FAGNER:
- Acho que o medo não permitiu.
BELLO:
- É mais eles devem ter ído por aqui
mesmO.
FAGNER:
- Deus queira que sim.
(Bello vê o primeiro acampamento que
Pedro e Shé tinha feito.)
BELLO:
- Para! Para! Olhe o acampamento feito
de lençois e papelão.
(Fagner para o carro. Os dois descem.)
BELLO:
- Nossa! Parece até que teve um furaçao
aqui.
FAGNER:
- Tem até sangue.
BELLO:
- Nesta mata tem um predador.
FAGNER:
- Pode crêr!
(As árvores começam balançar.)
FAGNER:
- Alguma coisa vem vindo! Corre!
BELLO:
- Entra no carroo! Rápido!
(Os dois entram no carro. Bello liga e
começa digirir. A sucuri aparece e sai
correndo atrás do carro.)
BELLO (Vendo pelo espelho):
- MEU DEUS, O QUE É AQUILO?
FAGNER:
- ONDE?
BELLO:
- OLHE NO ESPELHO!
FAGNER (GRITANDO):
- NÃOOO. ACELERA O CARRO! ACELERA!
ACELERA! RÁPIDO!
BELLO:
- EU NÃO POSSO ACELERAR, A ESTRADA
É PÉSSIMA.
FAGNER:
- AQUELA COBRA É ENORME.
BELLO:
- ESTÁ VINDO ATRÁS DE NÓS!
FAGNER:
- FICA DE OLHO NA ESTRADA!
BELLO:
- NÃO CONSIGO!
FAGNER:
- EU VOU SUBIR ENCIMA DO CARRO E
VOU ATIRAR. CADÊ A ESPINGARDA?
BELLO:
- VOCÊ FICOU LOUCO?
FAGNER:
- SE AQUELA COISA NÃO PARAR UM
POUCO NÓS VAMOS VIRAR A REFEIÇÃO
DELA!
BELLO:
- A ESPINGARDA JÁ ESTÁ CARREGADA.
TOMA!
(Fagner pega a espingarda e sobe em
cima do carro, disparando sem parar.)
BELLO:
- ATIRA! ATIRA!
(Fagner descarrega vários tiros contra a
maldita serpente. Até que um deles
acerta bem nos olhos da maldita. A cobra
para. Fagner volta para o carro. Bello
acelera.)
BELLO:
- Agora eu entendi por que o Pedro
ainda não tinha voltado.
FAGNER (Já dentro do carro):
- Ela parece está faminta.
BELLO:
- Como vamos passar aqui? Não dá mais
pra digirir?
FAGNER:
- Continue!
BELLO:
- Não dá! Você quer que eu passe por
cima das árvores.
FAGNER:
- E o que vamos fazer?
BELLO:
- Temos que ir a pé ou ficar dentro do
carro parado.
FAGNER:
- A pé? Tá louco? Aquela cobra nos
comeria em segundos.
BELLO:
- Então vamos ficar aqui com o carro
parado.
FAGNER:
- Liga esse carro e comece a dirigir.
BELLO:
- NÃO DÁ! EU JÁ DISSEEE...
FAGNER:
- AQUELA COISA VAI QUEBRAR ESTE
CARRO EM QUESTÃO DE MINUTOS!
BELLO:
- ELA ESTÁ VINDO!
(Bello liga o carro e sai pela mata.)
FAGNER:
- Rápido! Rápido!
(Bello perde o controle e o carro sai
rolando e virando, batendo pelos troncos.
Fagner morre na hora. A cobra perde o
caminho deles. Bello consegue sai de
dentro do carro sem nenhum
ferimento.)
BELLO:
- Fagner? Fagner? Cadê você?
(Bello percebe que ele está morto.)
///// Cabana de Aporã ////:
APORÃ:
- Iaí galera, pensaram em alguma coisa?
LUCAS:
- Não!
DAMASCO:
- Vamos logo fazer o sedativo
APORÃ:
- Você está em qual planeta? Como
vamos fazer um sedativo sem a
composição?
ALICE:
- A minha madrinha Trindade disse que
sempre usava pedra triturata para
adomercer peixes.
LUCAS:
- Hahahahaha. E o que isso tem haver
com a nossa situação?
ALICE:
- Se serve em peixes concerteza vai servi
em cobras.
LUCAS:
- Por quê? Me diz o que os peixes tem
em comum com as cobras.
ALICES::
- As escamas.
PEDRO (Sorrindo):
- Kkkkkkk.
APORÃ:
- Boa Alice! Vamos usar isso na
composição do sedativo em pó.
MARIENE (Deitada):
- Eu tenho alguns comprimidos de
dormir, um tal de diazepam.
PEDRO:
- Ótimo! Podemos usar também, né?
APORÃ:
- Concerteza! Agora o último! Quando a
minha tribo existia, nós usavámos
extrato de sementes de maracujá para
acalmar animais extraordinários.
ALICE:
- É isso! Vamos testar!
APORÃ:
- Primeiro agente faz o pó...
PEDRO:
- Continue falando, Aporã.
LUCAS:
- Por que parou?
APORÃ:
- Acho que escutei algo fora de normal.
ALICE:
- Será que é a sucuri?
APORÃ:
- Não, acho que ela não atacaria nesse
horário.
Bem, como eu dizia, primeiro temos que
fazer o pó e depois testá-lo em uma
cobrinha comum.
LUCAS:
- Pronto vamos começar.
APORÃ:
- Êpa garoto, falta o principal e o mais
difícl.
PEDRO:
- Qual?
APORÃ:
- O extrato das sementes de maracujá.
PEDRO:
- Onde tem?
APORÃ:
- No centro da floresta!
DAMASCO:
- Não há problemas.
APORÃ:
- Vocês não entendem nada! O CENTRO
DA FLORESTA É O LUGAR PREFERIDO
DA MALDITA SERPENTE, OU SEJA, ELA
VIVE LÁ!
CONTINUA...
CONTINUA...
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